segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Vírus que provoca infecção e faz com que humanos fiquem “menos inteligentes” foi encontrado em 44% das pessoas

Quase metade de nós está infectado com um vírus que nos deixa mais “bobos”, afirma uma nova pesquisa




A descoberta surpreendente sugere que milhões de pessoas são portadoras de uma infecção de longa duração. Os cientistas descobriram que o vírus vive na garganta de 44% das pessoas testadas, em um estudo realizado nos EUA.
Os pacientes que portavam o vírus tiveram pior desempenho em testes de inteligência, mesmo quando possuíam um bom nível educacional.
A pesquisa, da Universidade Johns Hopkins e da Universidade de Nebraska, não estabeleceu como o vírus infecta humanos e nem como seria possível eliminá-lo.
Os dados ainda mostraram que nadadores ou pessoas que praticavam esportes subaquáticos não estavam contaminados, o que descartou a possibilidade de transmissão através de algas.

O professor Robert Yolken, do Johns Hopkins Medical School, disse que os milhões de vírus que vivem no corpo humano estão sendo investigados por especialistas pela primeira vez.
Nós realmente estamos apenas começando a descobrir o que alguns desses agentes que portamos fazem conosco”, comentou. “É apenas o começo, eu acho que é outra forma de olhar os agentes infecciosos e não pensar apenas em vírus que são devastadores como Ebola e o vírus da gripe”.
Ele prossegue: “Este é o outro lado do espectro. Estes são agentes que levamos conosco há muitos anos e podem ter efeitos sutis sobre a nossa cognição, comportamento e inteligência”.
A pesquisa foi publicada na revista Proceedings da Academia Nacional de Ciências e sugere que o vírus ATCV-1 consegue, efetivamente, alterar os genes do cérebro.
Pensava-se que era transmitido facilmente em rios, lagos ou mar, porque esse tipo de vírus foi encontrado há 30 anos em várias espécies de algas, pelo professor James Van Etten, mas a ideia foi descartada.

Para confirmar a teoria, os cientistas infectaram camundongos com o mesmo vírus e, após um determinado tempo, também notaram a diferença em testes de inteligência com indivíduos não contaminados.