Maria Alda de Sousa
O tema juventude, especialmente a partir dos anos 90, vem sendo
motivo de debates políticos e acadêmicos na cena brasileira. Um olhar investigador
pode constatar um número considerável de
pesquisas que buscam compreender diferentes questões relacionadas ao universo
juvenil, como a relação do jovem com a escola, com o trabalho, com a cultura,
com a política, ou em relação à sexualidade, a violência, etc. De fato, essa
diversidade de relações permite não só traçar perfis juvenis, mas orientar as
políticas públicas para esse segmento.
No Brasil, com a promulgação do Estatuto da Criança e do
Adolescente - o denominado ECA - novas representações sociais emergem dando
visibilidade aos jovens como Sujeitos de Direitos. A partir de uma concepção ampla de cidadania,
amplia-se também o próprio conceito de
juventude para grupos sociais diversos, ou seja, a juventude passa a não ser
apenas condição do jovem estudante pertencente às classes médias urbanas e ao
movimento estudantil, mas, a ser
entendida por seu caráter de heterogeneidade.
Nesse sentido, é recorrente o uso de enunciados que
remete ao jovem de comunidade periférica à condição de ator social, de
protagonista, sujeito capaz de intervir em sua realidade para proposição de
mudanças.
BOTA A CARA, SAI DA TOCA E VEM PRA SELVA