Governador é principal alvo das manifestações no Rio de Janeiro
Cabral admitiu falhas ao lidar com protestos; ao lado, manifestantes colocam fogo em canteiro no Palácio Guanabara
Principal alvo dos protestos que ainda ganham as ruas do Rio e, inclusive, o Leblon, onde mora, Sérgio Cabral admitiu que errou ao abrir mão do diálogo. Sobretudo, segundo ele, no início das manifestações, em junho. Em entrevista à rádio CBN, o governador disse estar aberto a ouvir a voz dos manifestantes.
— Cometi erros, erros de diálogo, de incapacidade de dialogar. Da minha parte faltou diálogo, capacidade de entendimento, de compreensão. Mas não sou soberbo. Estou aberto ao diálogo. Sempre fui determinado ao diálogo. Democracia é intangível e inquestionável.
Em protesto, manifestantes continuam acampados em frente à casa de Cabral nesta quinta-feira (1º), embora o governador tenha pedido que eles saíssem, alegando que tem filhos pequenos e que o “político Cabral” tinha de ser alvo, não sua família. Por conta do vizinho governador, moradores do Leblon viram o bairro ser palco de quebra-quebra e confrontos com PMs. Lojas e agências bancárias foram depredadas. Apesar disso, Cabral reafirmou que não deixará o apartamento onde vive.
— Realmente o governador teria de morar na residência oficial [Palácio Laranjeiras], mas o palácio passa por reformas. Quando eu assumi, estava em condições precárias, assim como o Palácio Guanabara [sede do governo], que já reformamos. Não tenho como morar no Palácio Laranjeiras, porque as obras só terminam em meados do ano que vem.
Questionado sobre o sumiço do pedreiro Amarildo Dias, visto pela última há duas semanas, após ser abordado por PMs da UPP da Rocinha, Sérgio Cabral voltou a dizer que não economizará esforços para solucionar o caso.
— Somos os primeiros a querer saber onde está o Amarildo e tenho certeza que a polícia vai descobrir. Disse no olho da mulher dele que temos o compromisso de achar o Amarildo e responsabilizar um possível culpado.
FONTE: http://noticias.r7.com